quinta-feira, 14 de maio de 2015

LIVRO HOTEL DELÍRIO - CURIOSIDADES COM EDGAR MORIN


NOMES PARECIDOS PODEM PROPICIAR ACONTECIMENTOS INESPERADOS.
AO LONGO DE ALGUNS LIVROS E TEXTOS SOBRE POESIAS E SOBRE COMUNICAÇÃO DE MASSA E NA PRODUÇÃO DE PROGRAMAS QUE FIZ NA TELEVISÃO CULTURA, ASSINEI MEU NOME DE MANEIRA MAIS ABREVIADA: EDGARD DE AMORIM. NÃO QUE MEU NOME FOSSE MUITO MAIOR, CONTUDO, PROFISSIONALMENTE, PASSEI A COLOCÁ-LO ASSIM. ATUALMENTE NÃO POSSO MAIS FAZÊ-LO, POR QUE,
COMO MEUS ESCRITOS FORAM, ESPECIALMENTE, SOBRE A COMUNICAÇÃO TELEVISIVA, ESSA ASSINATURA DEU ORIGEM A ALGUNS ENGANOS, TAIS COMO SER CONFUNDIDO COM UM ATOR DE TV E TEATRO: EDGAR AMORIM E COM O GRANDE ESCRITOR E SOCIÓLOGO FRANCÊS EDGAR MORIN.
EM RELAÇÃO AO ATOR, SEI QUE TRABALHOU EM TELENOVELAS DA REDE GLOBO E PRECISEI ESCLARECER, CONTINUAMENTE, QUE NÃO SE TRATAVA DE MIM. ESSA IMPRESSÃO TINHA UM FUNDAMENTO LÓGICO JÁ QUE ENTRE NÓS HAVIA O MESMO TEMA: A TELENOVELA.
NÃO SEI MUITO O QUE COMENTAR SOBRE ELE E TAMBÉM NÃO SEI SE MEUS ESCRITOS FORAM ATRIBUÍDOS A ELE.
A CONFUSÃO COM O SOCIÓLOGO FOI MAIOR E MUITO ME HONROU, APESAR DA ENORME DISTÂNCIA ENTRE A IMPORTÂNCIA CULTURAL DELE E A MINHA.
EDGAR MORIN, UM DOS PRINCIPAIS PENSADORES CONTEMPORÂNEOS UNIVERSAIS, É ANTROPÓLOGO, SOCIÓLOGO E FILÓSOFO FRANCÊS, ENTRE OUTRAS FORMAÇÕES UNIVERSITÁRIAS.                             
PARALELAMENTE A ATIVIDADES MILITARES E CIVIS QUE EXERCEU QUANDO MAIS JOVEM, ESCREVEU CERCA DE 30 LIVROS SOBRE CIÊNCIAS SOCIAIS. FOI FUNDADOR DO CENTRO DE ESTUDOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA NA ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS DE PARIS, JUNTAMENTE COM ROLAND BARTHES, E CRIADOR DA REVISTA COMMUNICATION.
ENTRE TANTAS, SUA OBRA MAIS CONHECIDA TALVEZ SEJA LA MÉTHODE, ESCRITA EM SEIS VOLUMES, DURANTE TRÊS DÉCADAS (AO MESMO TEMPO QUE ESCREVIA OUTRAS), NA QUAL EXPÔS OS SEUS ARGUMENTOS NA DIFUSÃO DO QUE CHAMOU PENSAMENTO COMPLEXO AFIRMANDO QUE É NECESSÁRIO QUE TUDO ESTEJA LIGADO: NÃO HÁ SEPARAÇÃO ENTRE RAZÃO, EMOÇÃO, INTELIGÊNCIA, SENSIBILIDADE, REAL, IMAGINÁRIO, MITOS, CIÊNCIA OU ARTE. O SER HUMANO É 100% NATUREZA, 100% CULTURA E PRECISA SER REEDUCADO, POR CAUSA DA MANEIRA CARTESIANA DE PENSAR. UMA SUA AFIRMAÇÃO QUE MUITO ME ENTUSIASMA É QUE NÃO SOMOS APENAS HOMO SAPIENS, MAS HOMO SAPIENS DEMENS, QUE MOSTRA NOSSA DUPLICIDADE: RACIONAL E DEMENTE (DELIRANTE), O QUE VEM VALIDAR O QUE ESCREVO.
ELE ESTEVE DIVERSAS VEZES NO BRASIL, SENDO A ÚLTIMA PARA LANÇAMENTO DE LIVRO, EM 2012.
MUITO ALUNO UNIVERSITÁRIO, PESQUISANDO SOBRE COMUNICAÇÃO, CONSIDEROU ARTIGOS MEUS COMO SE FOSSEM DELE. ATÉ EM ENTREVISTAS (MINHAS) PARA RÁDIO E TELEVISÃO, EM FUNÇÃO DE EVENTOS QUE PROMOVI NO CENTRO CULTURAL SÃO PAULO, CHEGOU A EXISTIR ESSA OPINIÃO, LOGO ESCLARECIDA POR MIM.
O EPISÓDIO MAIS INTERESSANTE, VERDADEIRO E GOSTOSO DE LEMBRAR OCORREU EM 1968, QUANDO ELE VEIO AO BRASIL, CONVIDADO A FAZER PALESTRAS.                                                      
ÉPOCA DA FERRENHA DITADURA MILITAR, ESTE SOCIÓLOGO DE CONVICÇÕES SOCIAIS DE ESQUERDA, EX-MEMBRO DO PARTIDO COMUNISTA FOI, NÃO SÓ VIGIADO, MAS TAMBÉM HOSTILIZADO.
NA NOITE DA PRIMEIRA PALESTRA, QUE ACABOU SENDO A ÚNICA, A REALIZAÇÃO SERIA NO AUDITÓRIO DA FUNDAÇÃO ARMANDO ÁLVARES PENTEADO. APÓS REUNIDOS NA ENTRADA, FOMOS COMUNICADOS QUE NÃO PODERÍAMOS ENTRAR POR ORDEM DA DIRETORIA.
MARCHAMOS PARA A RUA MARIA ANTÔNIA PARA TENTAR A ESCOLA DE FILOSOFIA. PORÉM, COMO ESTA ESTAVA TOMADA PELOS ESTUDANTES, QUE ALI ACAMPARAM, EM TODAS AS SALAS, POR DIVERSOS MESES, PARA MANTER OS PROTESTOS CONTRA A DITADURA E A GUERRA IDEOLÓGICA CONTRA OS ALUNOS DA FACULDADE MACKENZIE, EM FRENTE, TAMBÉM NÃO PUDEMOS FICAR. POR ÚLTIMO TENTAMOS A ESCOLA DE ECONOMIA, SITUADA NA RUA DR.VILA NOVA. ALI A PALESTRA FOI PROFERIDA E TODOS NOS SENTIMOS VENCEDORES. ELE NÃO FALOU CONTRA A DITADURA EM SI, NEM TAL FARIA, MAS SOBRE AS IDEOLOGIAS LIVRES NA COMUNICAÇÃO DE MASSA, SENDO MUITO APLAUDIDO.
POR COINCIDÊNCIA, FIQUEI SENTADO AO LADO DE UMA MULHER JOVEM FRANCESA, NEGRA, BASTANTE ALTA, QUE ERA COMPANHEIRA DO SOCIÓLOGO. AO TÉRMINO, COMENTEI COMO O PROFESSOR FALAVA BEM E A SEMELHANÇA DO MEU NOME COM O DELE. ELA ACHOU GRAÇA, O CHAMOU E CONTOU O FATO. ELE, APÓS A APRESENTAÇÃO, RISONHO, COMENTOU QUE, ENTÃO, EU ERA CONTRA ELE, POIS EU ERA UM “A MORIN”, NO SENTIDO DO A DE  NEGAÇÃO.
EU RESPONDI – OH! NON, JAMAIS. 
RIMOS, ELE SEGUIU O CAMINHO DELE E EU, FELIZ, O MEU.

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